As seis unidades do Iges em obras empregam 350 trabalhadores e ajudam a salvar a economia em plena pandemia
As obras das sete novas unidades de pronto atendimento (UPA) que estão sendo construídas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) estão gerando mais de 350 empregos e ajudando a reaquecer a economia brasiliense em plena pandemia do coronavírus. São 175 empregos diretos e pelo menos 175 indiretos abertos em diversos setores da cadeia produtiva da construção civil, segundo informou nessa quarta-feira (30) a Gerência de Obras do Iges.
Das sete unidades em obras, cinco são construídas pela Civil Engenharia, empresa terceirizada pelo Iges para tocar os empreendimentos. Cada obra emprega, em média, 25 profissionais do setor, entre pedreiros, ajudantes, bombeiros hidráulicos e eletricistas, além de 10 funcionários do setor administrativo, inclusive estagiários e menores aprendizes, segundo o engenheiro Pedro Henrique da Silva, da Civil Engenharia.
A gerente de Obras do Iges, Rita Lourenço, esclarece que balanços periódicos sobre o número de empregos gerados são produzidos a partir de relatórios diários apresentados pelas construtoras. Os dados são checados por meio de vistorias feitas por técnicos do instituto nos canteiros de obras. “Já a média de funcionários indiretos é calculada pelos índices de contratações da construção civil brasileira”, completa.
O engenheiro Pedro Henrique explica que a pandemia desaqueceu vários setores da economia, como a indústria da construção civil do Distrito Federal. “A construção dessas UPAs, neste momento de pandemia do coronavírus, está sendo bastante positiva para manter e gerar empregos no DF”, afirmou.
Sobrevivência em meio à crise
Quem está no canteiro de obras também comemora a oportunidade de emprego em meio à pandemia. É o caso do eletricista Vanderlei Guedes, 41 anos, que trabalha de segunda a sábado na construção da UPA do Riacho Fundo II. Graças à obra, Guedes, que é arrimo de família, consegue manter os dois filhos e a esposa. “É uma sorte manter o emprego mesmo durante essa crise causada pela pandemia”, acredita.
Outro que comemora o emprego é Albertino Pereira, 55 anos, colega de Guedes na UPA do Riacho Fundo II. Atuando na obra desde o início da crise sanitária, ele conta que precisou se adaptar às medidas de segurança para não contrair o vírus e continuar trabalhando. Hoje, sente-se um privilegiado por estar empregado. “Eu esperava que a pandemia fosse uma coisa passageira, mas estamos há mais de um ano passando por isso”, reclama. “Mas se não fosse essa oportunidade, não sei como conseguiria manter a minha renda.”
Avanço das obras
Com a mão de obra assegurada, o engenheiro Pedro Henrique garante que as UPAs podem ser entregues dentro dos prazos estipulados. unidades estão sendo construídas em Brazlândia, em Ceilândia, no Gama, no Paranoá, em Planaltina, no Riacho Fundo II e em Vicente Pires.
As obras começaram em maio do ano passado, mas foram desaceleradas pela pandemia e pelo auxílio que o Governo Federal deu às famílias carentes, o que gerou uma grande procura por materiais de construção em todo o país.
Mas diante da nova onda da covid-19, o governador Ibaneis Rocha determinou acelerar o ritmo das obras. Os cronogramas foram refeitos, e agora a previsão é que as UPAs comecem a ser entregues nos próximos meses. A primeira deve ser a de Ceilândia, que está com cerca de 80% dos trabalhos concluídos, segundo o presidente do Iges, Gilberto Occhi.
As novas UPAs terão 1,2 mil metros quadrados e capacidade para atender cerca de 4,5 mil pessoas por mês. No total serão mais de 42 novos leitos de observação, 14 de emergência e sete de isolamento. O atendimento será feito 24 horas em todos os dias da semana. Cada unidade contará com dois ou três médicos em cada período de trabalho (manhã, tarde e noite).