A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff despencou em relação a setembro, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, que apontou ainda que 59,7 % dos entrevistados são favoráveis a um impeachment da presidente, em meio a protestos contra o governo e a dificuldades enfrentadas pelo Executivo no Congresso Nacional.
O percentual dos que avaliam o governo da petista como ótimo ou bom despencou para 10,8%, contra 41% na pesquisa anterior, divulgada no final de setembro.
A soma dos que consideram o governo ruim ou péssimo foi de 64,8% ante 23,5% na sondagem anterior.
De acordo com o levantamento do instituto MDA, encomendado para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 23,6% consideram o governo regular, ante 35% na pesquisa anterior.
A sondagem apontou ainda que apenas 18,9% aprovam o desempenho pessoal de Dilma, contra 55,6% na pesquisa anterior, ao passo em que 77,7% desaprovam, ante 40,1% em setembro.
Ainda de acordo com a pesquisa, dos que acompanham o noticiário sobre as denúncias de irregularidades na Petrobras, 68,9% consideram a presidente culpada pela corrupção que está sendo investigada e 67,9% culpam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 16 e 19 de março. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Para 68,9%, Dilma é culpada por irregularidades na Petrobras
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira apontou que 68,9% dos eleitores que tomaram conhecimento das denúncias sobre esquema de corrupção envolvendo a Petrobras consideram a presidente Dilma Rousseff culpada pelas irregularidades.
Outros 67,9% consideram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelos mesmos casos.
A estatal está no centro das denúncias de um esquema de corrupção envolvendo também as principais empreiteiras do país, que favoreceria políticos e partidos, como o PT, PMDB e PP.
De acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 85% dos 2.002 entrevistados têm acompanhado ou ouviram falar das denúncias, sendo que 75,7% dos que acompanham o caso tomaram conhecimento da lista de políticos que passaram a ser investigados a partir de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Dentre os investigados estão os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Para 90,1% dos entrevistados que responderam acompanhar as denúncias, os nomes citados na lista estão envolvidos no esquema.
Dilma e Lula não figuram na lista de investigados.
Ao lançar um pacote de medidas de prevenção e combate à corrupção, na última semana, a presidente Dilma afirmou que até mesmo os eleitores que não votaram nela sabiam que “a corrupção no Brasil não foi inventada recentemente”. Dilma disse ainda que seu compromisso contra os mal-feitos é “coerente” com sua vida pessoal.
Fonte: Reuters