A transferência do ex-ministro José Dirceu para Curitiba, sede das operações da Lava Jato, dependerá de autorização do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Dirceu foi preso pela Polícia Federal (PF) em sua casa, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (3) na mais recente fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco.
A decisão caberá ao magistrado do Supremo porque Barroso é o atual relator das execuções das penas do mensalão do PT. Condenado no processo do mensalão do PT por corrupção ativa, Dirceu cumpria atualmente prisão domiciliar na capital federal. O ex-chefe da Casa Civil, suspeito de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, foi preso, por ordem da Justiça Federal do Paraná, por tempo indeterminado.
A assessoria da superintendência da PF no Distrito Federal informou que o plano inicial é que o ex-ministro seja transferido ainda nesta segunda-feira para Curitiba, onde estão concentrados todos os presos da Lava Jato. Os outros presos nesta 17ª fase da Lava Jato, incluindo o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também serão transferidos para a capital paranaense.
Antes, entretanto, o pedido de transferência deve ser comunicado à Vara de Execuções Penais do DF – responsável pela execução das penas do mensalão – e autorizado por Barroso.
O gabinete do ministro Luís Roberto Barroso foi comunicado oficialmente da prisão de Dirceu, no início da tarde desta segunda, por meio do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Enquanto o ministro do STF não der aval para a transferência, o ex-ministro ficará detido em uma das celas da superintendência da PF em Brasília, que mede 6 metros quadrados, possui banheiro e chuveiro simples. Ainda de acordo com a polícia, nesta manhã foram apreendidos documento e mídias na casa do ex-chefe da Casa Civil.
Fonte: G1