Da redação
O Banco de Brasília (BRB) está em fase final de aprovação, junto ao Banco Central, para integrar o capital do Banco Master. A operação, que não configura fusão, representa uma mudança na estrutura acionária do Master e está alinhada com movimentos recentes de modernização e descentralização no sistema financeiro brasileiro.
Segundo fontes ligadas ao processo, a operação não enfrenta barreiras técnicas ou legais, e segue precedentes recentes como a aquisição do Banco Modal pela XP Inc. e a parceria entre PagBank e BV. Especialistas avaliam que esse tipo de movimentação contribui para dinamizar o setor, promovendo mais eficiência e incentivando a concorrência no mercado bancário.
Hoje, cinco instituições concentram cerca de 80% dos ativos bancários do país, conforme dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS) — uma das maiores concentrações entre economias emergentes. Essa estrutura reduz a competitividade e mantém elevados os custos de crédito. A entrada do BRB como acionista do Master pode ajudar a desconcentrar o setor e estimular novas opções de acesso ao sistema financeiro.
A operação já recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições, o que reforça a segurança regulatória da transação. O acordo mantém a autonomia operacional e de governança de ambas as instituições, respeitando as exigências regulatórias e os padrões de gestão de riscos do Banco Central.
Com a aprovação final, a parceria entre BRB e Banco Master tende a fortalecer o ecossistema bancário nacional, combinando capilaridade, solidez financeira e capacidade de inovação. O movimento é visto como mais um passo na construção de um sistema financeiro mais moderno, competitivo e inclusivo.
