Da redação
Nesta terça-feira (5), a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou o projeto de lei nº 1399/2024, que autoriza um crédito suplementar de R$ 200 milhões para o sistema de transporte público coletivo do DF. O recurso será utilizado para garantir o equilíbrio financeiro do sistema e assegurar a continuidade dos serviços oferecidos à população.
O crédito suplementar, que provém do excesso de arrecadação, foi alvo de intenso debate entre os parlamentares. Deputados da oposição levantaram questões sobre a eficiência do sistema de transporte atual e a transparência no uso dos recursos. Fábio Felix (Psol) criticou o sistema de transporte público, apontando falhas na infraestrutura e na qualidade do serviço prestado aos cidadãos.
Outro ponto de destaque no debate foi levantado pelo deputado Max Maciel (Psol), que enfatizou que o transporte público não se resume apenas à renovação da frota de ônibus. Para ele, a infraestrutura é igualmente importante, incluindo a manutenção de calçadas e paradas de ônibus adequadas para a população. “É preciso enxergar o transporte de forma completa, levando em conta todas as necessidades dos usuários”, afirmou Maciel durante a sessão.
Ricardo Vale (PT) expressou preocupações sobre a constante necessidade de suplementação de verbas para o setor e questionou a transparência do governo nas ações relacionadas ao transporte público. Segundo ele, o problema é recorrente e precisa de uma solução definitiva para que a população tenha acesso a um transporte de qualidade sem a necessidade de adições orçamentárias anuais.
O presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz, destacou a importância do crédito suplementar para a manutenção do serviço e respondeu às críticas sobre a transparência do processo. “Este investimento é essencial para manter o transporte público funcionando de maneira adequada, e temos o compromisso de garantir que esses recursos sejam aplicados de forma responsável e transparente”, afirmou Wellington Luiz. A proposta agora aguarda sanção do governador para entrar em vigor.