Crescimento nacional do BRB incomoda oposição na Câmara Legislativa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Da redação

Aquisição do Banco Master reforça expansão do BRB e provoca reação de parlamentares de esquerda

A operação de compra de 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) reacendeu o debate político no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira (2/4). Avaliada em R$ 2 bilhões, a transação tem sido alvo de críticas por parte de deputados da esquerda, que demonstram incômodo com o avanço da instituição brasiliense em nível nacional.

O deputado Chico Vigilante (PT) classificou a compra como “negociata” e ironizou a proposta: “O BTG Pactual ofereceu R$ 1, eu ofereço R$ 2”. Na avaliação do parlamentar, o BRB deveria restringir sua atuação ao atendimento regional. “O BRB é do povo do DF e tem de continuar servindo ao povo”, afirmou, sugerindo que o banco estaria desviando seu foco original.

Já o deputado Gabriel Magno (PT) chamou a operação de “escândalo” e insinuou motivações políticas por trás da aquisição. “Claramente há envolvimento político, e não sabemos o que está por trás disso”, disse. Ele também questionou o silêncio da base governista e argumentou que os R$ 2 bilhões poderiam ser destinados à educação.

Apesar das críticas, a direção do BRB sustenta que a aquisição está alinhada ao plano estratégico de expansão e consolida a instituição como um agente financeiro competitivo no mercado nacional. Com a estrutura do Banco Master, o BRB amplia sua capacidade operacional sem comprometer sua atuação regional nem os investimentos sociais.

O desconforto da oposição expõe uma resistência à mudança de patamar do banco, que tem deixado de ser apenas uma instituição local para disputar espaço entre os grandes nomes do setor bancário brasileiro.