Da redação
Audiência pública abordou gestão de hospitais e UPAs, além de contratos e indicadores críticos.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) participou nesta sexta-feira (22) de audiência pública na Comissão de Fiscalização, Gestão, Transparência e Controle da CLDF para apresentar a prestação de contas de suas unidades de saúde. A discussão, que durou quase 10 horas, detalhou os dados do Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria, Hospital do Sol e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de abordar contratos e iniciativas de inovação.
Entre os destaques apresentados pela superintendente Eliane Abreu no Hospital Regional de Santa Maria, está o aumento de 31% nas cirurgias realizadas e o cumprimento de indicadores que chegaram a dobrar as metas pactuadas. No entanto, problemas como alta taxa de infecção em cirurgias limpas (42%) e denúncias sobre falta de higienização no pronto-socorro foram relatados. A deputada Dayse Amarilio (PSB) recomendou revisão das metas e dos contratos de limpeza.
No Hospital do Sol, criado para atender casos de Covid-19 e atualmente utilizado em demandas como dengue, 86% dos usuários avaliaram o atendimento positivamente, mas a taxa de ocupação de leitos ficou em 76%. Amarilio questionou a subutilização e sugeriu ampliar o atendimento.
As UPAs realizaram cerca de 700 mil atendimentos de janeiro a agosto, com maior concentração em regiões como Ceilândia e Samambaia. Apesar do volume expressivo, problemas como demora no atendimento em algumas unidades e baixa resolutividade da ouvidoria foram apontados. O presidente do Iges, Juracy Lacerda, destacou que a telemedicina está sendo testada como forma de melhorar o fluxo nas unidades.
Apesar dos avanços, os parlamentares identificaram gargalos na gestão e cobraram ações mais efetivas. “Há progresso, mas as melhorias ainda não são plenamente percebidas pelos profissionais e usuários das unidades”, afirmou a deputada Paula Belmonte (Cidadania), presidente da Comissão de Fiscalização.