Da Redação
Desde que Jean Lima assumiu a presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), há crescentes preocupações sobre o uso político da empresa, especialmente em relação ao governo do Distrito Federal (DF). Lima, ex-presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) durante o governo de Ibaneis Rocha, está à frente da EBC desde dezembro de 2023, efetivado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sob sua gestão, a EBC, que deveria focar em promover a comunicação de caráter educativo, cultural, científico e informativo, tem sido acusada de desviar de sua missão legal. Críticas apontam que a empresa está se engajando em uma cobertura tendenciosa contra o governo do DF, notadamente através da Agência Brasil. A instalação da CPI da Saúde do DF, um tema de relevância local, tem sido utilizada para criar pautas de alcance nacional, o que muitos veem como uma tentativa de manipular a percepção pública e desestabilizar a administração local.
Essa atuação coloca em xeque os princípios constitucionais que regem a existência de um sistema público de comunicação. A EBC foi criada para oferecer um jornalismo imparcial e de qualidade, livre de pressões políticas, e para garantir o direito à boa informação para a população. No entanto, as ações recentes sob a direção de Jean Lima sugerem uma instrumentalização da empresa para fins políticos, o que compromete a credibilidade da EBC e desrespeita sua função pública essencial.
A controvérsia em torno da gestão de Lima não apenas mancha a imagem da EBC, mas também levanta questões sobre a transparência e a independência das empresas públicas de comunicação no Brasil. O debate sobre o uso político da EBC continuará a ser um ponto crucial para aqueles que defendem a integridade e a missão original da empresa.