Jéssica Antunes
A Escola Classe 01 Porto Rico amargou seis anos de transtornos com obras interrompidas que, retomadas nesta gestão, deixaram a unidade como nova
Quando as aulas presenciais retornarem, os 540 alunos da Escola Classe 01 Porto Rico, em Santa Maria, vão encontrar um cenário muito diferente do que estavam acostumados. Nos últimos seis anos, quem esteve ali conviveu com obras inacabadas, tapumes por todo lado e esqueletos de blocos de salas de aula. O Governo do Distrito Federal foi lá e fez: investiu R$ 1.590.020,38 na reforma completa do local, 85% executada, para levar dignidade para a comunidade da área.
“Temos 30 escolas em Santa Maria e essa era a mais crítica. Hoje nos alegramos em falar que vai ser uma das mais modernas da cidade. O sentimento, como gestor, é de satisfação”, diz o coordenador regional de ensino, Augusto Freire. “A escola é um bem comum à toda a comunidade, mas principalmente do ponto de vista educacional vamos poder dar dar mais dignidade e segurança para os alunos”, emenda.
Temos 30 escolas em Santa Maria e essa era a mais crítica. Hoje nos alegramos em falar que vai ser uma das mais modernas da cidadeAugusto Freire, coordenador regional de ensino
A obra é executada com verba exclusiva da Secretaria de Educação por empresa vencedora de licitação junto à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e caminha para a fase final. Segundo a empresa, no momento são feitas instalações de piso emborrachado e alambrado no parquinho, demarcação da quadra, pintura de piso, portas nos boxes dos banheiros, divisórias de granito no Bloco F.
Quando a escola estiver pronta, a população vai receber uma escola com mais salas de aula em um bloco que havia sido abandonado, refeitório renovado, parquinho, quadra poliesportiva coberta, entre outras estruturas que preservem a segurança, como reforma da parte elétrica e hidráulica. “A reforma e a ampliação são um compromisso do governador com a comunidade escolar”, aponta o secretário de Educação, Leandro Cruz.
Ele lembra que o período, com ensino remoto devido à pandemia, é desafiador, mas as obras não param. “A melhoria da infraestrutura de nossas escolas também é prioritária para uma educação pública e de qualidade para todos”, valoriza.
O diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite, esteve pessoalmente no local. “Acompanhamos de perto essa obra até para ver o andamento. Percebemos que o serviço está caminhando bem. É aproveitar esse período antes da chegada das chuvas para empregar maior celeridade ao serviço”, diz.
Agora vai
Zeneide José de Araújo é diretora da unidade de ensino desde 2012 e acompanhou todo o processo de idas e vindas da reforma. A primeira licitação é de 2014, mas o contrato foi rescindido dois anos depois por problemas financeiros. Na época, a Novacap interviu para deixar a escola em condições de continuar funcionando com a conclusão de alguns serviços inacabados pela empresa contratada e providenciou o isolamento das áreas em obra com o fechamento em tapumes.
Em 2017, uma nova empresa venceu o processo de licitação para executar as obras que terminariam em janeiro de 2018. Não aconteceu. Com a lentidão das obras e a falta de retorno da empresa à fiscalização realizada pela Novacap, o contrato foi rescindido e aplicada multa. A empresa segunda colocada na licitação negou a convocação e foi preciso realizar uma terceira licitação em 2019. Nesta gestão, as obras foram retomadas.
Para nós, é uma grande vitória. Sabemos das dificuldades da nossa comunidade e da importância que a escola tem no contexto socialZenaide José de Araújo, diretora da escola
“Para nós, é uma grande vitória. Já passamos por muitos momentos difíceis. Sabemos das dificuldades da nossa comunidade e da importância que a escola tem no contexto social”, diz a diretora, Zeneide José de Araújo. “A escola está maravilhosa!”, comemora.
Com a reforma, a escola poderá voltar a ser integral, como foi entre 2013 e 2015. “Não tínhamos espaço para garantir às crianças uma educação pelo dia inteiro. Com a reforma, podemos voltar a recebê-los. Pelo contexto social da região, mais carente de Santa Maria, é oportunidade de tirar esses meninos e meninas das ruas”, defende a diretora. Ali, são alunos de quatro a 12 anos, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental até o 5º ano.