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Da redação
Evento do ex-interventor do DF levanta dúvidas sobre financiamento e uso de espaço público, além de possível infração eleitoral.
Na última terça-feira, 12 de fevereiro de 2025, o ex-interventor do Distrito Federal, Ricardo Capelli, realizou uma grandiosa festa de aniversário no Clube do Choro de Brasília, um espaço público. Batizado de “Sambão do Capelli”, o evento reuniu mais de 1.500 convidados, que desfrutaram de comida e bebida à vontade, em uma celebração que teve forte presença de políticos da esquerda e centro-esquerda, além de autoridades nacionais.
A pergunta que não quer calar: quem pagou essa festa? De onde vieram os recursos para bancar um evento desse porte? Além da questão financeira, a comemoração levanta um alerta sobre possível campanha eleitoral antecipada, já que Ricardo Capelli tem feito duras críticas ao governador Ibaneis Rocha e já manifestou abertamente sua intenção de disputar o governo do Distrito Federal.
A Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/1997, artigo 36-A) estabelece que a propaganda antecipada ocorre quando há pedido explícito ou implícito de votos antes do período oficial, que se inicia apenas em 16 de agosto do ano eleitoral. Além disso, a Resolução TSE nº 23.610/2019 proíbe eventos que possam ser interpretados como ação de campanha fora do prazo. Utilizar um espaço público para um evento político travestido de festa privada levanta questionamentos sobre ética e legalidade.
Diante da grandiosidade do evento, as autoridades competentes devem investigar se houve o uso de recursos públicos ou financiamento irregular, além de verificar se a celebração configura propaganda eleitoral disfarçada. Afinal, festas milionárias não caem do céu, e a população tem o direito de saber quem pagou a conta do Sambão do Capelli.