O deputado brasiliense Luiz Pitiman (foto) reuniu toda a bancada federal do PMDB em sua casa, em uma festa que entrou pela madrugada de ontem, com direito a presença do vice-presidente Michel Temer. Pitiman, inclusive, prestou uma homenagem a Temer, assim como ao presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, e ao favorito para assumir a presidência da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
Gripe
Convidado, o vice-governador Tadeu Filippelli não pode aparecer por lá. Segundo Pitiman, estava de cama, gripado.
Pluripartidarismo
Embora houvesse outra recepção ocorrendo à mesma hora, caciques da bancada petista foram à festa do PMDB, casos de Candido Vaccarezza e do ex-ministro Luiz Sérgio. Da bancada do Distrito Federal, Jaqueline Roriz, do PMN.
Votos valem liderança
Lado a lado durante a festa de Pitiman, os deputados Eduardo Cunha e Sandro Mabel cabalavam votos para a liderança do partido. Devem disputar o cargo voto a voto, embora haja um terceiro candidato, o gaúcho Osmar Terra. Para não atrapalhar a eleição de Henrique Eduardo Alves para a presidência, há no PMDB movimento para que só se escolha o líder três dias após a eleição de presidente da Câmara.
Potencial de encrenca
Existe potencial de encrenca na escolha do líder peemedebista. O deputado Eduardo Cunha não é exatamente figura querida no Palácio do Planalto, embora tenha proximidade com todo o comando do partido. Sandro Mabel, por sua vez, deixou o PMDB pelo PR em 2003 e só no ano passado retornou ao partido, após processo na Justiça Eleitoral.
Todo cuidado é pouco
Henrique Eduardo Alves evita cuidadosamente qualquer gesto que possa significar preferência por qualquer dos três candidatos a líder da bancada. Ele próprio enfrenta duas candidaturas a presidente da Câmara, as de Júlio Delgado, do PSB, e da atual vice Rose de Freitas, do próprio PMDB. Não se esperam surpresas – afinal, nunca houve zebras na eleição de presidente da Câmara, salvo no caso de Severino Cavalcanti, mesmo assim gerado em acordo de diversas lideranças para aproveitar divisão dos petistas – mas Henrique Eduardo não quer brincar com a sorte.
Fonte: Do alto da torre