
Da redação
População deve ficar atenta ao risco de doenças, contaminação e animais peçonhentos durante as enchentes
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu um alerta sobre os cuidados necessários durante o período de chuvas intensas em Goiás, que podem causar enchentes e inundações. Entre os principais riscos estão a contaminação de alimentos e água, a proliferação de doenças como leptospirose, tétano, hepatite A, dengue e Doença Diarreica Aguda, além do surgimento de animais peçonhentos.
Doenças relacionadas às enchentes
O contato com água contaminada aumenta o risco de doenças como a leptospirose, causada por uma bactéria presente na urina de roedores. Em 2024, Goiás registrou 28 casos da doença, com duas mortes. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, especialmente nas panturrilhas. Quem apresentar esses sinais após contato com água de enchente deve buscar atendimento médico imediato.
Já o tétano, uma doença grave que possui vacina, pode ser contraído ao atravessar áreas alagadas sem proteção adequada, como botas impermeáveis. A vacina deve ser reforçada a cada 10 anos ou em casos de ferimentos, se a última dose foi aplicada há mais de 10 anos.
Além disso, água e alimentos contaminados podem causar Doença Diarreica Aguda e hepatite A. É essencial filtrar e tratar a água para consumo com hipoclorito de sódio e descartar alimentos que tiveram contato com enchentes.
Cuidados com animais peçonhentos
O acúmulo de lixo e entulho durante e após as chuvas pode atrair animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões. A SES recomenda inspecionar residências, objetos e locais úmidos. Em caso de avistamento desses animais, acione o Corpo de Bombeiros, a Polícia Ambiental ou a Vigilância de Zoonoses.
Reforço nas orientações
A subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, reforçou a importância do monitoramento da água por gestores e das orientações para a população. “É fundamental buscar informações em canais oficiais e adotar as medidas de prevenção para atravessarmos esse período da melhor forma possível”, declarou.
A SES também orienta que as prefeituras intensifiquem a vigilância da qualidade da água, principalmente em sistemas alternativos como cisternas e poços artesianos, para evitar contaminações.