O PT brasiliense já escolheu seu alvo preferencial. É o superintendente de desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcelo Dourado, indicado pelo senador Rodrigo Rollemberg, que levou o PSB a romper com o governador Agnelo Queiroz. Os petistas alegam que a Sudeco tem orçamento milionário e condições de intervir em questões extremamente relevantes para o Distrito Federal, como financiamento para programas regionais, aí incluídos recursos para empresas privadas, e infraestrutura, caso da ferrovia Luziânia-Brasília.
Questão de oxigênio
O verdadeiro objetivo, no caso, é cortar oxigênio do senador. A avaliação dos petistas é a de que, sem programas públicos, nem cargos do governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg precisaria de espaços na administração federal para manter sua influência. Tomar a Sudeco teria esse efeito.
Lá não é como cá
De seu lado, Rodrigo Rollemberg procura cultivar boas relações com o Governo Federal. Ontem mesmo foi à tribuna, para elogiar a presidente Dilma Rousseff por ter sancionado o projeto que prevê discriminação de impostos nas notas fiscais. O senador tem feito questão de afirmar que, embora passe à oposição no Distrito Federal, mantém-se na base do Planalto.
Dize-me com quem andas
O que pode pesar, aí, é a proximidade de Rodrigo Rollemberg com o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos. O senador já revelou que, antes de romper com Agnelo, consultou Eduardo Campos. E o presidente do PSB anda sendo encarado com desconfiança pelo Planalto.
Fonte: Do Alto da Torre