Com a atribuição de fazer uma análise preliminar de denúncias relacionadas a distritais, o cargo de corregedor da Câmara Legislativa está vago e não tem pretendentes. Mesmo numa Casa com seis parlamentares da área de segurança pública e um do Ministério Público, ninguém se dispõe a exercer a função de avaliar o decoro parlamentar de colegas. O mandato do deputado Welington Luiz (PPL), agente da Polícia Civil e ex-presidente do Sindicato da categoria (Sinpol-DF), terminou no último dia do ano passado, mas o sucessor dele na Corregedoria será escolhido apenas na volta dos trabalhos em fevereiro, com a eleição das composições das comissões permanentes e do ouvidor. A Câmara vai passar um mês sem um responsável pelos processos disciplinares.
O novo corregedor assumirá já com uma atribuição: apreciar a representação protocolada na Casa pela organização não governamental Adote um Distrital contra o deputado Raad Massouh (PPL). O distrital está na berlinda desde que veio a público uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que deflagrou a Operação Mangona, em novembro, de busca e apreensão na casa dele e na Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, onde o deputado despachava como titular até então. Raad é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos de emenda parlamentar por meio de um evento ocorrido em 2010. Por causa dos indícios levantados, o distrital deixou o cargo no Executivo e voltou para a Câmara.
Fonte: Evan do Carmo – 03/01/2013