Transição de gerações no PT

PTConta o deputado Chico Vigilante, líder do bloco PT-PRB na Câmara Legislativa, que foi provocado, em um encontro do partido, por sua comadre Marisa Letícia, que mais tarde viraria primeira dama. “Temos que nos preocupar com nossos filhos, que saber se eles vão querer fazer o que fizemos”, disse-lhe dona Marisa. “Desconfio até que não, de tão chatas que estão ficando essas reuniões do PT”, completou a mulher de Lula. Ou seja, conclui Chico Vigilante, há bastante tempo existe no PT a preocupação com o que hoje mais se discute, a transição entre gerações.

Quadro já está mais claro

Para Chico Vigilante, um dos fundadores do PT no Distrito Federal, hoje esse quadro já está clareando. O desafio era saber como evoluir da geração que se concentrou no combate à ditadura, seja na luta armada, na política, ou na sindical — Chico Vigilante lembra, além de Lula, sindicalistas como Olívio Dutra ou Jacó Bittar — para uma nova geração. E, em especial, quem seria essa nova geração.

Quadros com qualificação

Com mensalão ou sem ele, essa transição teria de ser feita. Chico Vigilante atribui a Lula o mérito de ter impulsionado uma nova geração. “Hoje, mesmo se Lula ou Dilma não quisessem ou não pudessem concorrer a cargos de relevância, o partido conta com quadros em condições”, avalia o deputado. Ele cita Aloizio Mercadante, Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad ou Alexandre Padlha como figuras capazes de disputar eleições majoritárias sem deixar a peteca cair.

Contando nos dedos

Seria uma situação, na visão de Chico Vigilante, muito diferente da registrada, por exemplo, no PSDB, que não conseguiu proceder a uma renovação significativa. “Entre os tucanos, pode-se contar nos dedos os novos nomes que surgiram”, avalia o deputado.

Fonte: Do alto da torre

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