A reforma política é debatida há anos sem que haja consenso para mudar os pontos instáveis dos nossos sistemas político e eleitoral. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), anunciou na última quinta-feira (28/02) que colocará a reforma em pauta, de qualquer jeito, nos dias 09 e 10 de abril. Com pontos polêmicos e que interferem diretamente nas eleições e nos partidos políticos, chegou a hora “H”, o momento de saber se os parlamentares terão mesmo coragem para mudar o sistema que os levou a serem eleitos.
As mudanças da reforma política que serão colocadas em votação, presentes no parecer do relator da medida, deputado Henrique Fontana (PT/RS), são: financiamento público exclusivo de campanha, fim das coligações eleitorais e instituição das federações partidárias (que teriam de se unir por, no mínimo, quatro anos), coincidência eleitoral das eleições (municipais, estaduais e federais), ampliação e facilitação da participação popular nas iniciativas legislativas (diminui para 500 mil assinaturas e possibilita a assinatura pela internet de projetos de lei de iniciativa popular – PEC mantidas 1,5 milhão) e a chamada lista flexível (o eleitor continuaria votando no deputado ou no partido, mas só o voto na legenda é que reforçaria a lista apresentada pelo partido).
Fonte: Do Alto da Torre