Considerada inevitável há pelo menos três meses, a substituição do secretário de Educação, Denilson Bento, pode ocorrer a qualquer momento. Somam-se dois fatores para isso. Pesa a questão técnica. Mesmo figuras importantes do PT e do Buriti admitem que a gestão da rede pública de ensino deixa a desejar e que até agora não se delineou um projeto para a educação brasiliense. A controvérsia em torno da reforma curricular, que acabou abortada pelo próprio governador Agnelo Queiroz, jogou a pá de cal nesse processo.
A questão principal, porém, é política. Quando Denilson Bento foi convidado para o cargo já se sabia que a Secretaria da Educação poderia ser utilizada em uma negociação de alto nível para ampliar a base de apoio do Buriti. Militante disciplinado do PT, Denilson não seria obstáculo a uma iniciativa nesse sentido. Após tentativas frustradas, as conversas partidárias em torno de sua substituição amainaram. Mas já ressurgiram.
Fonte: Coluna do Alto da Torre