Antes de entrarem em vigor os aumentos de impostos já anunciados pelo governo, começam a aparecer projetos vistos como positivos. Hoje, a Câmara Legislativa passa a discutir um novo programa de refinanciamento da dívida ativa. A previsão é que juros e multas sejam abrandados para garantir maior arrecadação. Seria uma tentativa de melhorar a imagem do Executivo em meio às críticas.
A negociação com os deputados já se arrasta por semanas. O novo cálculo do IPTU ainda é discutido e os parlamentares estão ainda distantes de um entendimento.
Enquanto o consenso não chega, o governo se propõe a aliviar os encargos de quem deve impostos distritais — desde que paguem os atrasados. Como já está prevista para março uma semana em que haverá negociação com inadimplentes, quem renegociar dívidas poderá obter melhores condições.
O objetivo de conseguir aprovar projetos positivos é tratado de maneira tímida. Nomes do primeiro escalão e o próprio governador priorizam a arrecadação no discurso. “Vamos ter muita agenda positiva. Queremos encaminhar nos próximos dias um projeto reduzindo multas das dívidas. Também haverá um grande mutirão de execução fiscal”, disse Rollemberg.
O secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, despistava sobre as novidades, mas garantia que o objetivo é financeiro. “Não é isso (melhorar imagem). A preocupação é com compromissos que temos de honrar e aumentar as formas de arrecadação”, resumiu.