Apenas o Wembley Stadium, de Londres, custou mais caro que o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Nas contas do Tribunal de Contas do DF, a arena pode chegar ao custo de R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a R$ 27,8 mil por assento, considerando a capacidade de 71 mil lugares. O prejuízo aos cofres públicos, até agora, está em quase 367 milhões. E pode ser muito maior, assim que a Corte de Contas finalizar as auditorias que estão em curso.
O “elefante branco”, nas palavras do presidente do Tribunal, Renato Rainha, “só tem dado prejuízo” à capital federal. “O legado que a Copa deixou para o DF, na minha avaliação, é um legado muito ruim”, aponta Rainha, ao apresentar o resultado de uma investigação que detectou superfaturamento de quase R$ 1 milhão no contrato para instalação do gramado, conforme o Jornal de Brasília publicou, com exclusividade, na edição de ontem.
O Tribunal deu prazo de 30 dias para que a Novacap, gestora do contrato, e a empresa Greenleaf expliquem o sobrepreço apontado pelo Ministério Público de Contas.
A Greenleaf, que executou a obra para instalação do gramado, foi contratada recentemente pelo GDF para fazer a manutenção do campo. O Tribunal explica que não há, ainda, impedimento para que a empresa seja considerada inidônea. Procurada para comentar o assunto, a Greenleaf não retornou as ligações da reportagem.