Educação no campo é celebrada com sustentabilidade e integração nas escolas rurais do DF

Foto: Bruno Grossi/SEEDF

Da redação

Evento no Núcleo Bandeirante reuniu cinco instituições com foco em cultura, meio ambiente e práticas pedagógicas inclusivas

Cinco escolas da zona rural do Distrito Federal realizaram, na última semana de abril, uma celebração especial pelo Dia do Campo. Organizado pela Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante, o evento envolveu a Escola Classe Riacho Fundo, Escola Classe Agrovila, Escola Classe Ipê, Escola Classe Kanegae e o Centro Educacional Agrourbano Ipê, promovendo atividades que destacaram a importância da educação rural e da sustentabilidade no cotidiano escolar.

A programação contou com formações pedagógicas, oficinas práticas e apresentações culturais. Na EC Riacho Fundo, os alunos participaram de projetos de empreendedorismo sustentável, produzindo sabonetes, velas e repelentes com insumos naturais da região. “Mostramos que ações simples, como jogar lixo no chão, podem afetar diretamente o meio ambiente do campo”, afirmou a diretora Etyenne de Souto. Os produtos são vendidos a preços simbólicos e ajudam a conscientizar sobre o uso responsável dos recursos naturais.

Uma das ações mais significativas envolveu os estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que participaram de oficinas de culinária utilizando ingredientes colhidos na horta escolar. Entre as receitas preparadas estavam bolo de capim-santo e geleia de amora. “Foi uma experiência deliciosa, tanto no sabor quanto no aprendizado”, relatou a professora Gabrielly Oliveira. As turmas especiais realizam atividades semanais que estimulam o convívio, o desenvolvimento socioemocional e a aceitação alimentar.

No CED Vargem Bonita, a sustentabilidade também é tema central. A escola, situada em uma comunidade com forte influência da cultura japonesa, implantou um sistema agroflorestal com a participação ativa dos alunos. “Desde o plantio até a colheita, os estudantes estão envolvidos, aprendendo na prática o valor da terra”, destacou a diretora Renata Cardoso. Os alimentos cultivados são utilizados na merenda escolar.

Instituído pela Secretaria de Educação em 2018, o Dia do Campo tem como objetivo valorizar a identidade rural e ampliar os espaços de formação contínua para educadores. “É uma oportunidade de compartilhar experiências ricas entre alunos e professores que vivem realidades singulares e essenciais para o fortalecimento da educação no campo”, concluiu Simone Soares, gerente de Atenção à Educação do Campo da SEEDF.