
Da redação
A paralisação, que já dura mais de 10 dias, afeta milhares de pacientes em toda a capital federal, gerando colapso nos serviços de saúde.
Os médicos da rede pública do Distrito Federal entraram em greve no dia 3 de setembro de 2024, apesar de uma decisão judicial que proibiu o movimento e impôs uma multa diária de R$ 200 mil ao Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF). A greve afeta serviços essenciais, como plantões médicos e o atendimento de urgência e emergência, agravando ainda mais a situação de colapso da saúde pública na região.
A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) foi tomada no final de agosto, após tentativas frustradas de negociação entre o governo e os profissionais. Mesmo diante da proibição, a categoria manteve a paralisação, justificando a continuidade do movimento pela falta de diálogo do Governo do Distrito Federal (GDF) e pela necessidade de reestruturação da carreira médica, além de melhores condições de trabalho. As principais reivindicações incluem reajuste salarial, concursos públicos e a nomeação de novos profissionais.
Com a greve, o caos se instalou nos hospitais e unidades de saúde do DF, impactando diretamente o atendimento à população. Faltam médicos em plantões, e filas para consultas, exames e cirurgias aumentaram drasticamente. Em diversos hospitais, a ausência de profissionais sobrecarregou o pouco efetivo presente, levando pacientes a aguardarem por longos períodos para serem atendidos.
A multa diária imposta já ultrapassa os R$ 2 milhões, mas, segundo o SindMédico-DF, a categoria só encerrará a greve quando o governo apresentar uma proposta satisfatória que atenda às demandas da classe. O GDF, por sua vez, argumenta que um aumento salarial para os médicos afetaria o equilíbrio financeiro das contas públicas e que já existe um concurso vigente, o que, segundo eles, comprova esforços para resolver o déficit de profissionais.
O impasse permanece, enquanto a saúde pública do Distrito Federal continua à beira do colapso, com milhares de pacientes desassistidos e uma solução distante.