O distrital Wellington Luiz está com um pé fora do PPL. Presidido pelo diretor do Dnit, Marco Antônio Campanella, o PPL está com o outro pé fora de Wellington Luiz. Campanella tem acompanhado as negociações do deputado com outros partidos e já firmou uma posição. Espera que a saída seja consensual. Ou seja, o PPL nem tentará recuperar o mandato de Wellington na Justiça Eleitoral. De outro lado, espera que o distrital fique na base do governo.
“É, sim, uma questão de convivência difícil”, resume Campanella. Nem se trata da posição de Wellington Luiz no confronto, hoje razoavelmente superado, entre o Buriti e a Polícia Civil. No caso, houve muita irritação do governo com o deputado, inclusive por ter feito críticas em palanque. Mas o partido compreendeu a posição. Ex-presidente do sindicato que representa os policiais, Wellington não poderia ter assumido outra posição. Ainda mais do que isso, chegou-se a uma fórmula que recompôs as relações entre o Buriti e a categoria. O problema é outro.
Não só o PPL, mas todo o comando político do governo responsabiliza Wellington pela única derrota sofrida pela base na complicada sucessão da Câmara Legislativa. Apesar das confusões originais entre a emenda da reeleição e a escolha de um nome pelo governador, a base do Buriti ganhou todas. Menos a escolha do presidente da Comissão de Assuntos Fundiários, em que o governo preferia Cláudio Abrantes, mas Cristiano Araújo foi eleito por um voto. O de Wellington Luiz. “Não era uma questão qualquer, mas uma decisão importante para a base”, comenta Campanella. Só para completar: “e importante também para o PPL, pois nós temos lado”.
O PPL pode mesmo deixar de reivindicar o mandato de Wellington Luiz na Justiça Eleitoral. Isso não significa, porém, que ele possa respirar sossegado. O Ministério Público também tem a prerrogativa de mover esse tipo de ação. Em todas as oportunidades, tem usado a prerrogativa.
Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília