Programa do Ministério das Comunicações ofereceu curso de informática; aprendizado permitiu abandonar o trabalho em lixão
Foi do lixão de Manacapuru (AM) que a jovem Érica Lima, de 26 anos, saiu para ver sua vida se transformar por meio de um curso de informática. Ela e sua família são trabalhadores que sempre ganharam a vida no lixão, mas viu a vida seguir novos rumos quando a tia, Maria José Lima, soube das aulas e incentivou a sobrinha a fazer inscrição.
“Foi a melhor escolha naquele momento. Mudou toda a minha trajetória. Eu passei a ganhar salário no emprego que consegui com minha formação, porque catador não ganha salário, ganha centavos para sobreviver. Minha mãe deixou de comer para me ajudar com os estudos”, lembrou Erica.
A jovem se formou no curso de informática do Computadores para a Inclusão, do Ministério das Comunicações, e agora trabalha na Câmara Municipal. Érica também passou a fazer faculdade de enfermagem e quer ter renda para outra formação dos sonhos: a engenharia da computação.
O impacto social da iniciativa é percebido na comunidade: formação humana, técnica e empreendedora, que busca fomentar a inclusão digital e a capacitação para o mercado de trabalho, com foco na complementação educacional e cultural, colocando o aluno como o protagonista do processo de aprendizagem.
“A história da Érica se soma a de muitas outras pessoas que não tinham a inclusão social e digital. Mas ela acreditou no programa, estudou, alcançou parte dos seus objetivos e hoje saiu de uma realidade para novas oportunidades de trabalho. Isso nos orgulha e nos motiva a seguir com o programa”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
O Ministério das Comunicações acompanhou um dia da rotina da Érica, conheceu o escritório que ela trabalha e aplica os seus aprendizados em informática. A pasta também visitou o antigo local de trabalho da agora ex-catadora.
“Meu sentimento é de gratidão por esse local. Pode ser uma lixeira para muitos, mas, para mim, foi algo que me proporcionou coisas boas, por mais que seja um local de dificuldade. Foi aqui que eu me vesti, comecei minha trajetória de vida e emprego, tive contato com a primeira tecnologia. Aqui eu aprendi a ser um ser humano. Foi aqui que eu percebi que posso sonhar”, recordou Érica.
No Amazonas, os cursos do Ministério das Comunicações são realizados em parceria com o Instituto Descarte Correto, que funciona como o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC). Cada estado tem seu CRC e o espaço, além das oficinas, permite o certificado para que muitos jovens tenham uma nova profissão .
“São vários cursos que o governo oferece. Que nosso presidente e ministros continuem fazendo isso e possam seguir olhando por nós, porque o trabalho deles não está sendo em vão. São muitos talentos no Brasil e eu quero ser motivação para jovens e exemplo de mudança de vida. Eu sou um pedacinho de tudo que acontece no Brasil”, finalizou.
Fonte: Agência GOV