
Da redação
Negócio de R$ 2 bilhões é defendido pelo presidente do BRB, mas enfrenta resistência da oposição na Câmara Legislativa do DF
Presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, prestou esclarecimentos aos deputados distritais na Câmara Legislativa do DF, nesta segunda-feira (7), sobre a compra de 58% das ações do Banco Master por R$ 2 bilhões. Durante a reunião, que durou quase quatro horas, parlamentares questionaram a necessidade de aprovação legislativa para o negócio e a viabilidade financeira da operação.
Costa destacou que a decisão sobre submeter ou não a compra à CLDF deve ser tomada em conjunto com a Procuradoria-Geral do DF (PGDF). O executivo defendeu a aquisição como uma oportunidade estratégica de expansão do BRB nos mercados de crédito e capitais, com previsão de retorno do investimento em até cinco anos. O negócio ainda precisa da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A operação é técnica e estruturada, pensada para gerar valor à população do Distrito Federal”, afirmou Costa. Ele também garantiu o envio de documentos complementares à CLDF.
O presidente da Câmara, Wellington Luiz (MDB), avaliou que os esclarecimentos foram satisfatórios, embora tenha reconhecido que o tema ainda demanda discussão. Já o líder do governo, Hermeto (MDB), elogiou a expansão do BRB e afirmou que o crescimento do banco tem incomodado grandes instituições financeiras.
A oposição, no entanto, expressou preocupação com o fato de o BRB não deter o controle majoritário do Banco Master, o que limitaria seu poder de decisão. Deputados como Chico Vigilante (PT) e Max Maciel (PSol) defendem a necessidade de aprovação legislativa, e cogitam acionar a Justiça.
A deputada Paula Belmonte (Cidadania), autora do requerimento da audiência, alertou para riscos à estabilidade da instituição diante da operação.