
Da redação
Pedido alega ausência de riscos à concorrência e destaca sinergia entre as instituições
O Banco de Brasília (BRB) e o Banco Master solicitaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a análise em rito sumário da proposta de aquisição de 58% do capital social do Banco Master. A operação, anunciada no fim de março e oficializada nesta segunda-feira (5) no Diário Oficial da União, ainda depende de aprovação do Cade e do Banco Central.
Na solicitação enviada ao órgão em 16 de abril, os bancos argumentam que a transação não compromete a concorrência nem cria posição dominante no mercado. “Trata-se de um movimento estratégico que amplia nossa capacidade de gerar valor, com ganhos operacionais e complementares que não prejudicam a concorrência”, afirmou Paulo Henrique Costa, presidente do BRB.
A aquisição resultará em um novo conglomerado financeiro com atuação nacional, abrangendo serviços bancários, produtos de seguridade, meios de pagamento e investimentos. A estrutura do grupo atenderá às exigências de governança, liquidez, capital e conformidade regulatória.
Com a conclusão do negócio, o Banco Master passará a controlar diretamente ou por meio de subsidiárias empresas como Will Holding Financeira, Will Financeira, Will Produtos e Maximainvest Securitizadora. Já o Will Bank será mantido como banco digital, enquanto as operações conjuntas adotarão a marca BRB.
Ficam de fora da operação empresas como Banco Master de Investimento, KOVR Participações e Santa Ester Empreendimentos, que seguirão sob controle de Daniel Vorcaro. Os bancos também destacaram sinergias em áreas como crédito, câmbio e distribuição geográfica, além de sobreposições pontuais em nichos específicos.