Sem repasse da Saúde, vacina contra gripe H1N1 fica para o dia 25

O medo da gripe H1N1 causou uma corrida aos laboratórios particulares e promete intensificar a adesão à campanha de vacinação na rede pública. Com 162,9 mil doses disponíveis e 25% do estoque abastecido do imunobiológico, a Secretaria de Saúde marcou para o dia 25 a vacinação contra a gripe — cinco dias antes da campanha nacional. A ideia inicial do Executivo local era antecipar para a segunda-feira, 18 de abril, caso a pasta recebesse outras 130 mil doses ontem, mas o repasse do Ministério da Saúde não ocorreu.
Somente após o feriado do aniversário de Brasília, o Sistema de Controle de Estoque da Secretaria de Saúde deve entregar para as 15 regionais de saúde lotes do insumo. A pasta concluiu em 1º de abril o planejamento que administra a quantidade de vacina a ser disponibilizada para cada cidade, de acordo com o tamanho da população a ser imunizada, e a estrutura dos postos de saúde que vão participar da campanha de vacinação.
“Por ser um produto termo-volátil, as doses saem em caixas de isopor com gelo reciclável e devem ser mantidas entre 2ºC e 8ºC. Não podemos correr o risco de perder nenhuma dose neste momento”, esclarece Tereza Luiza de Souza Pereira, chefe do Núcleo de Rede de Frio, da Gerência de vigilância epidemiológica e imunização. Atualmente, as doses estão guardadas nas geladeiras da secretaria, no Setor de Indústria e Abastecimento. Cada regional sinalizou, na semana passada, a quantidade necessária para iniciar a imunização e vai  prestar contas a cada sete dias para que não haja problemas de estoque. O Ministério da Saúde não comentou a situação.
Público-alvo
A meta do Executivo local é vacinar 33 mil gestantes e 183 mil crianças na primeira fase de imunização. Ao todo, a pasta pretende atingir cerca de 650 mil pessoas — de um grupo que inclui idosos acima de 65 anos, mulheres com até 45 dias após o parto, profissionais de Saúde, doentes crônicos e presidiários. Esses pacientes devem receber a injeção no fim do mês. A vacina protege contra três tipos da doença: H1N1, H3N2 e influenza B — caso mais grave da infecção (leia Alerta).
A diretora de Vigilância epidemiológica, Cristina Segatto, explica que a quantidade de vacina disponível na pasta é suficiente para iniciar o processo de forma que não haja interrupções na imunização. Os dois grupos selecionados para começar a receber as doses estão  ligadas à letalidade do vírus em pacientes com esse perfil. “Estão previstos outros cinco repasses”, disse. A expectativa é que pelo menos metade das 650 mil doses tenham chegado ao DF.
Fonte: Correio Braziliense

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