O governo de Agnelo Queiroz conseguiu provocar um novo racha no PPS. No ano passado, a decisão de rompimento da legenda em relação ao Executivo tirou do PPS dois deputados distritais (Luzia de Paula e Cláudio Abrantes) e o secretário de Justiça, Alírio Neto. Todos migraram para outras siglas.
Agora a crise é na executiva do PPS-DF, entre Augusto Carvalho e um antigo aliado, o presidente regional do partido, Chico Andrade.
O presidente contesta o poder da executiva do PPS-DF de determinar que todas as inserções no rádio e televisão sejam deliberadas antes de serem veiculadas. Uma resolução nesse sentido foi aprovada nesta semana.
Com a medida, a executiva do PPS-DF tenta sinalizar a Agnelo que as críticas à gestão da saúde pública no DF não representam a voz do partido e sim apenas uma posição pessoal do presidente. Espera, com isso, que Augusto Carvalho possa voltar ao Congresso.
Na semana passada, Agnelo exonerou o petista Geraldo Magela da secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano para que retornasse à Câmara dos Deputados. O objetivo declarado: tirar o mandato de Augusto que é suplente e depende de um arranjo político para permanecer no cargo.
A exoneração de Magela ocorreu na sexta-feira (12). Três dias depois, na segunda-feira (15), a executiva regional, com a presença de Augusto, desautorizou o presidente do PPS-DF, que comanda a legenda na oposição sob as bençãos de Roberto Freire.
Enquanto o PPS-DF briga, muita gente no PT acha que o motivo da exoneração de Magela é outro. Passa por uma disputa pela vaga ao Senado.
Agnelo encontrou o álibi (perfeito?) para tirar Magela do governo e analisar o cenário de disputa pela vaga ao Senado na coligação de 2014. Pelo menos, é o que dizem acreditam petistas.
Fonte: Blog da Ana Maria Campos