Ministros-parlamentares reduzem eficácia de anúncio de corte de salários no Executivo

ministros-parlamentares-reduzem-eficacia-de-anuncio-de-corte-de-salarios-no-executivoA decisão de reduzir em 10% os salários da presidente Dilma Rousseff, do vice Michel Temer e dos ministros de Estado foi uma das principais novidades da reforma administrativa anunciada na última sexta-feira (2). Seu impacto fiscal irrisório, cerca de R$ 5 milhões em um orçamento trilionário, deverá ser ainda menor. Isso porque, dos 31 ministros que fazem parte do renovado primeiro escalão do governo, oito (cerca de 25%) têm mandato parlamentar e o direito de optar por receber seus salários pelo Senado ou pela Câmara dos Deputados.

O vencimento mensal de um parlamentar é de R$ 33,7 mil. Até a última sexta-feira (2), um ministro de Estado tinha salário mensal de R$ 30,9 mil, que agora cairá para R$ 27,8 mil. Ou seja, a diferença entre o salário parlamentar e o de ministro subiu de cerca de 9% para 21%, quase R$ 6 mil. Não é de se jogar fora.

Dos ministros que já estavam no governo e continuam no Executivo após a reforma ministerial, todos estavam optando por continuar na folha de pagamentos do Legislativo, conforme dados disponíveis no Portal da Transparência e nas páginas na internet do Senado e da Câmara dos Deputados. É o caso dos senadores licenciados Armando Monteiro, do Desenvolvimento; Eduardo Braga, das Minas e Energia; e Katia Abreu; e dos deputados federais Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário, e George Hilton, do Esporte.

 

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