Na troca bienal de cargos no Congresso, o senador brasiliense Rodrigo Rollemberg deixou ontem a presidência da Comissão de Meio Ambiente, que trata também de direitos do consumidor e, em tese, da fiscalização e controle dos poderes. Assumirá a liderança da bancada do PSB.
Garantia de visibilidade
Em tese, a bancada do PSB não tem uma liderança de peso. Afinal, são apenas quatro senadores. Na prática, porém, a liderança confere grande visibilidade a seu titular. O líder pode ir à tribuna quando bem entender, intervir nos debates, palpitar na agenda de votações. Justamente por isso, costuma ocupar espaços na mídia e ser ouvido sobre questões nacionais. Nessas condições, e especialmente em períodos pré-eleitorais, os colegas costumam designar para esse tipo de cargo os parlamentares que disputarão eleições majoritárias.
Peça no jogo sucessório
No caso do PSB, a escolha de líderes adquiriu desta vez uma dimensão nova, criada pela ascensão do presidente do partido, Eduardo Campos, ao primeiro plano da política nacional – e a um passo da candidatura presidencial. Na Câmara, o líder escolhido é Beto Albuquerque, que saiu do governo do Rio Grande do Sul quase rompido com o PT local e chegou ao cargo com o propósito manifesto de ajudar a conduzir a candidatura de Campos ao Planalto. Traduzindo: as lideranças do PSB passam a ser peças instrumentais também para a sucessão.
Fonte: Do alto da torre