O ex-governador Joaquim Roriz voltou esta semana a fazer o que mais gosta: conversar com amigos sobre política, política e política. Há uma razão para isso. Mais magro – perdeu cerca de cinco quilos – Roriz se mostrava disposto, além de otimista para encarar as eleições de 2014, com a certeza de que não será barrado nos tribunais. Embora evite definir-se publicamente, gostaria mesmo é de voltar ao Buriti.
Com uma ação já tramitando no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Roriz pretende obter aval do Judiciário para concorrer. Acha que tem tudo para conseguir. O raciocínio dele é que não sofre impedimento com base na lei da ficha limpa porque jamais foi condenado por colegiado em segunda instância. Mesmo o famoso e polêmico julgamento a que foi submetido no Supremo Tribunal Federal, em 2010, deu empate.
O advogado Paulo Vasconcelos, especializado em questões eleitorais e presidente regional do PTN, acha que são escassas as possibilidades de Joaquim Roriz reunir condições jurídicas de concorrer. Tanto ele quanto o sucessor José Roberto Arruda sofrem processo no Superior Tribunal de Justiça, por acusações relativas à operação Caixa de Pandora. Caracterizada a candidatura, acredita Vasconcelos, os ministros tenderão a acelerar o julgamento. De quebra, o Ministério Público anda ativíssimo nesses processos.
Fica o registro: se o STJ acelerar o julgamento de Arruda ou Roriz, há instrumentos para fazer com que seja remetido a primeira instância, onde começará tudo de novo.
Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília