Interlocutores frequentes do ex-vice-governador Paulo Octávio (foto) já dão como absolutamente certo que ele retornará à vida político-partidária e que disputará as eleições do ano que vem. Mais: embora Paulo Octávio esteja hoje filiado ao DEM, também acreditam que ele aceitará convite de partido da base do governo. Já estava acertada uma opção para o ex-vice, o PHS, mas o risco de que se proíbam coligações — e, com isso, se reduzam o tempo de rádio e televisão — fez com que se puxasse o freio de arrumação.
Embora não descarte a possibilidade de ingressar no PHS, ou mesmo em outro pequeno partido, Paulo Octávio pensa em filiar-se a uma legenda de maior porte. O PP já foi contactado, mas a hipótese mais provável seria o PTB do senador Gim Argello.
Paulo Octávio não esquece uma lição no passado. Nos pouco saudosos tempos do Collor, ele era deputado federal pelo também pouco saudoso PRN, partido criado para dar legenda ao então presidente. Insidioso e esperto adversário político assumiu o controle do partidinho. Maldosamente, impediu uma coligação. Emparedado, Paulo Octávio tentou a reeleição com o desafio de, sozinho, atingir o quociente eleitoral. Ficou entre os cinco mais votados, mas seu partido, dos mais nanicos, não chegou ao quociente. Amargou quatro anos sem mandato.
Resta ver o cargo que Paulo Octávio disputará. Ele já foi deputado federal, senador, vice-governador e chegou a assumir o governo. Tem gente apostando que ele quer ficar mais perto da cidade e concorrerá a deputado distrital. Assim como tem gente assegurando que ele jamais se disporá a isso.
Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília