Auxiliares e técnicos de enfermagem da rede pública de saúde entraram em greve à meia-noite desta quarta-feira (7). A categoria reivindica o pagamento do reajuste salarial, concedido pelo governo passado, que deveria vigorar a partir de setembro. No entanto, o GDF decidiu suspender o aumento, alegando não haver dinheiro em caixa para fazer repasses aos trabalhadores. Semana passada, o governo anunciou que o pagamento do reajuste só vai começar a ser feito em maio do ano que vem.
A diretora do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate), Josiane Jacob, discorda do posicionamento do GDF de que não há dinheiro em caixa. “Como não há recurso se até emendas emendas parlamentares estão sendo liberadas?” questionou.
Além dos auxiliares e técnicos de enfermagem, outras categorias da saúde devem cruzar os braços. Nesta quinta-feira (8), o Sindicato dos Médicos realiza assembleia para decidir se adere à greve. Há indicativo de que também vão parar pelo mesmo motivo. A assessoria de imprensa do Sindmédico informou que depende do próprio governo reverter esse quadro. Antes da assembleia, representantes do sindicato esperam se reunir com o governador para tratar do tema.
Carreirão– O SindSaúde, que representa maior parte dos servidores da Secretaria de Saúde, também marcou para amanhã (8) assembleia para decidir se entra em greve. “A impressão que tenho é que o problema é maior que o governo. A única saída que apontam é unilateral, além de pensar que não sabemos fazer as contas de arrecadação para o próximo ano. Não somos pedintes, apenas reivindicamos o cumprimento das leis”, alega a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
O que não funciona:
– Setor de enfermagem dos 68 centros e 49 postos de saúde;
– Salas de vacina;
– Ambulatórios;
– Atendimento do programa de saúde da família;
– Pronto Socorros de hospitais, UPAs e UTIs terão número reduzido de profissionais.