Adesão de lojistas à Black Friday segue alta e promoções podem movimentar até R$ 147 milhões na economia do DF

Por  Sinval Souza

Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF mostra que a adesão de lojistas à Black Friday segue em alta na capital federal. De acordo com levantamento realizado entre os dias 18 de setembro e 5 de outubro, 84,2% das empresas de 16 segmentos do comércio de bens, serviços e turismo irão participar das promoções na última semana de novembro. A estimativa é que a data injete cerca de 147 milhões na economia do DF e dê início à temporada de compras natalinas.

De acordo com os lojistas entrevistados, 54,2% consideram a data muito importante para o faturamento das empresas. Comparando com 2022, quando esse índice atingiu 44%, o grau de importância aumentou entre os entrevistados neste ano. Além desses, outros 28,6% avaliam que a Black Friday tem média relevância no desempenho dos negócios. Apenas 17,2% acham que o período de vendas tem baixa importância.

Ainda segundo o IF, a adesão das empresas à Black Friday começou há sete anos. Ou seja, foi em 2016 que aos lojistas começaram a inserir as promoções no calendário de vendas, inspirando-se no evento norte-americano que sucede o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

“A Black Friday já é parte importante do calendário de vendas do comércio brasileiro. Ela acelera a queima de estoques antigos e promove a renovação de mercadorias para serem comercializadas no Natal. Embora a maioria dos consumidores prefira fazer suas compras em dezembro, uma boa parte aproveita as promoções para garantir descontos em produtos, principalmente aqueles com maior valor, como os eletroeletrônicos”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

O estudo mostrou que a maioria dos lojistas (98,3%) espera vender mais no meio físico. Apenas 1,7% acredita que as vendas serão melhores no meio online (internet). Vale ressaltar que, em 2022, o percentual de vendas maiores no meio físico foi de 97.4%

Segmentos pesquisados
Entre os 16 segmentos pesquisados com maior relevância para o período de promoções, o de móveis, brinquedos e eletrônicos são os que têm o maior ticket médio. Na sequência vêm óticas; cama, mesa e banho; calçados; e vestuários.

Segundo o IF, a maioria dos lojistas espera vender mais no cartão de crédito (85.5%). A segunda opção mais esperada é o cartão de débito (13.3%), seguida por transferência/pix (2%). Apenas 1.2% dos lojistas espera receber o pagamento em dinheiro.

A maioria dos lojistas (70%) declarou que vai utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas na Black Friday de 2023. Dentre elas, a “promoção” foi a mais mencionada, com 35,2%, seguida pela “divulgação em redes sociais” (22,8%) e pela “diversidade de produtos” (22,1%).

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