Até o ministro Gilberto Carvalho (foto) foi acionado para defender a permanência do militante petista Daniel Seidl na Secretaria de Desenvolvimento Social, a Sedest. Tudo por conta do remanejamento que deve ocorrer no Governo Agnelo uma vez passado o Ano Novo. É que já se acertou a ida do atual presidente da Câmara, deputado Patrício, para um cargo de primeiro escalão do Buriti. Patrício deve assumir o novo cargo a curto prazo.
Destino de Patrício é incógnita
Deputados ligados ao ainda presidente da Câmara já ouviram, de mais de uma fonte, que seu destino seria a Secretaria de Desenvolvimento Social. O Buriti confirma que Patrício foi convidado, mas não que seu futuro cargo esteja definido. Isso bastou para deixar em polvorosa os atuais inquilinos da Sedest.
Alto potencial de votos
Fica o registro de que a Sedest é considerada um dos principais instrumentos políticos do governo. A secretaria mexe com distribuição de cestas básicas, com a Bolsa Família e sua complementação paga pelo tesouro brasiliense, o DF Sem Miséria. Tem ainda o Papa-DF, de compra de produtos alimentares, os restaurantes comunitários, o Programa de Provimento Alimentar e Nutricional, com distribuição de pão, leite e derivados. Por isso mesmo tem grande potencial eleitoral, tanto que, nas reclamações sobre falta de alternância de poder, partidos como o PMDB costumam referir-se a ela como feudo petista a ser levado em conta. Acreditam que, sozinha, seria capaz de eleger um deputado. Daniel Seidl já foi candidato outras vezes, sem sucesso.
Quem não gostou
Secretária de Desenvolvimento Social no primeiro biênio do governo Agnelo, a deputada Arlete Sampaio só deixou o cargo após ter a garantia de que Seidl seria seu sucessor. Afirma-se que ela não gostou nada, mas nadinha mesmo, da possibilidade de que Patrício venha a ocupar a área.
Vínculos com a Igreja
Tanto Seidl quanto Gilberto Carvalho têm vínculos com a Igreja Católica. Seidl participa de entidades como a Comissão de Justiça e Paz. O papel de Gilberto Carvalho tem sido lembrar que o atual secretário ajudou a apagar incêndios na última campanha, quando adversários procuraram ligar a então candidata Dilma Rousseff à flexibilização do aborto.
Fonte: Do alto da torre