O sucesso das mídias digitais e o seu crescente número de usuários têm atraído sua utilização para outros objetivos, além do entretenimento. Em 2008, as mídias sociais passaram a ser vistas como uma forma de marketing até então pouco utilizado, o político. O motivo de ter sido a partir desse ano é porque o então candidato à presidência norte-americano Barack Obama viu-se cercado de grandes estrategistas digitais, que investiram pesado na internet e criaram uma mobilização pró-Obama, divulgando planos de governo e ideias fazendo com que usuários receptores dessas mensagens formassem uma rede, contando com um enorme número de apoiadores, cuja finalidade é motivar outros usuários em torno de uma causa: Yes, we can.
Esses simpatizantes não estiveram envolvidos oficialmente na campanha. Eram voluntários que criavam vídeos e propagavam as ideias do candidato, e isso foi o diferencial. Ou seja, não basta apenas utilizar a mídia. Tem que saber utilizá-la. E esse modelo de campanha passou a ser visto com bons olhos por marqueteiros políticos no Brasil, já que no país 67,5 milhões de eleitores possuem acesso à internet. Nas eleições 2010, vimos que a utilização dessa ferramenta de comunicação pelos três principais candidatos Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva foi intensa. E realmente era necessária a utilização dessa mídia, já que as pesquisas de intenção de voto mostravam números próximos um do outro e uma mídia eficaz e gratuita, como a rede, é essencial numa campanha para se tornar mais completa.
Acréscimo positivo
Primeiramente vamos diferenciar as redes sociais das mídias sociais. A primeira está relacionada desde o começo da nossa civilização, visto que o seu termo define a forma como o ser humano se relaciona no mundo. Redes sociais são grupos de pessoas que compartilham um interesse, que podem ser desde uma ideologia, até uma banda musical ou produto do mercado. Então seria correto dizermos que fãs dos Beatles são uma rede social? Correto. E os meios usados para se comunicarem, escrever e compartilhar notícias, músicas e opiniões (Facebook, Orkut, Twitter, Youtube, MySpace) é o que chamamos de mídias sociais.
Com a rápida evolução da internet e o aparecimento de novas mídias sociais a cada dia, tornou-se comum a utilização dessas mídias na propaganda política, visto que nelas são encontrados públicos distintos que podem ser agrupados por classe social, faixa etária, estilo de vida, gostos e costumes. E isso pode determinar um acréscimo positivo na campanha política.
Por Rodolpho Raphael de Oliveira Santos
Fonte: Observatorio da imprensa