O deputado brasiliense Luiz Pitiman levou sua metralhadora giratória para o plenário da Câmara, em uma sessão solene que reuniu o máximo em termos de rorizismo. Mostrou sua revolta contra o PMDB que o elegeu. “Nestes últimos dez dias”, disse, “fui censurado, vetado e amordaçado pelo meu partido, o PMDB; proibiram-me de veicular minhas inserções na TV, no horário político partidário, numa postura ditatorial”.
Mas não foi só o PMDB que recebeu críticas de Pitiman. Ele disse ter “sentimento de tristeza por tudo que acontece na nossa Brasília” e, a partir daí, despejou críticas ao governo Agnelo, de que participou como secretário de Obras. Criticou o número de secretarias, as prioridades e se deu ao trabalho de exibir fotos comparando cadeiras recém-compradas para “uma obra em frente ao Centro de Convenções” às que estão em seis hospitais públicos do Distrito Federal.
Mas Pitiman não fez só críticas. Guardou uns segundos para fazer um elogio. Sim, para ele mesmo, Joaquim Roriz. Citou uma frase “muito usada por ele e infelizmente não respeitada nos dias de hoje” que é: “Governar é definir prioridades, depois de ouvir o povo”. Tem gente malvada achando que Pitiman quer mesmo é ganhar o apoio de Roriz para se candidatar ao governo.
Fonte: Jornal de Brasília / Do alto da torre