Nesta semana inicia-se 2014. Ano eleitoral. A lista de candidatos ao GDF é grande. Muitos ficarão pela caminho. Candidaturas certas até agora somente a do governador Agnelo Queiroz (PT) e do senador Rodrigo Rollemberg (PSB). As outras ainda tentam se consolidar.
Quem está mais perto de se manter no páreo é a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS). Os outros partidos de centro e de direita ainda batem cabeça. O PSDB, por exemplo, não se define. Precisa de um palanque forte para o presidenciável Aécio Neves.
Até agora três nomes foram lançados. Os deputados federais Luiz Pitiman e Izalci Lucas e do ex-presidente da legenda, Márcio Machado, se colocaram à disposição. A sete meses de iniciar a campanha, o partido já deveria ter um consenso. O racha é prejudicial.
Eliana Pedrosa tem o apoio do seu partido. Vem fazendo pré-campanha do Palácio do Buriti há pelo menos três anos. Ocupou os holofotes de oposição na Câmara Legislativa, junto com as deputadas Celina Leão (PDT) e Liliane Roriz (PRTB). É um nome consolidado, mas precisa de apoio fora do PPS. Sem isso, Eliana pode não se viabilizar. Se conseguir mais três partidos médios sai em condições de brigar pelo governo. Sem isso, pode se unir a outra chapa, como a de Rollemberg, ou uma de direita.
Único que tem uma situação mais cômoda é o governador Agnelo. Pelo menos em termos de coligação. Além do PT, pode contar o PMDB, PCdoB e outras legendas bem abrigadas no GDF. O problema da sua cruzada à reeleição é a avaliação de governo.
Agnelo vem patinando. Ainda não conseguiu convencer a população. O tempo está cada vez mais curto. Será preciso se reinventar. É possível, mas deixar tudo para a última hora não é o mais prudente. Os três primeiros meses de 2014 serão agitados nos bastidores. Nada de campanha de rua. Será preciso formar alianças, fazer acordos e montar uma coligação forte. Tanto proporcional, quanto majoritária.
Sai na frente quem mostrar mais perspectiva de poder. É isso que importa na hora de fechar apoio. Ninguém quer entrar numa candidatura que vai naufragar mais na frente. Não é uma questão de voto útil. É de participar do futuro governo. Conseguir cargos e influência.
Como as pesquisas colocam todo mundo embolado ainda, a dúvida é grande na maioria dos partidos. Por isso as decisões ficaram para o último momento. Vai ter muita gente pulando de um barco para outro. E muita surpresa também.
Se 2010 a eleição foi numa situação de terra arrasada, a de 2014 será de comparação de governos. Agnelo vai ter que mostrar muita coisa boa para confrontar com os herdeiros políticos dos ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR). E ainda para inviabilizar o discurso de Rollemberg de que é possível fazer mais. Que a disputa seja pautada nas ideias e propostas e não nos tribunais.
Fonte: http://blogs.maiscomunidade.com/blogdocallado/2013/12/28/opiniao-2014-ja-chegou-e-agora/#sthash.lEiUWBAT.dpuf