Planaltina, Sobradinho II e Gama têm mais casos de dengue no DF em 2015

Três regiões representam 39% dos 9.689 casos confirmados no período. No Cruzeiro, casos cresceram 239%; na Fercal, redução foi de 84,1%.

Planaltina, Sobradinho II e Gama foram as regiões do Distrito Federal com maior número de casos confirmados de dengue em 2015, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde.Juntas, elas somam 39% dos registros da doença na capital: foram 3.775 entre os 9.689 diagnósticos no DF no último ano.

Em relação a 2014, o DF teve uma redução de 16,1%. No ano anterior, a capital registrou 11.645 casos confirmados da doença.

Apesar de ser a região com maior número de casos (2.202), Planaltina apresentou uma redução de 7,7%, em relação a 2014, quando foram confirmados 2.386 pacientes com o vírus.

No Gama, a redução foi de 22%, passando de 1.056 casos, em 2014, para 824, em 2015. Em Sobradinho II, o número caiu 30,4%: de 1.067 para 743. As regiões com maior aumento percentual no número de confirmações foram Cruzeiro, com 239,4% (de 33 para 112); Vicente Pires, com 151,8 (de 56 para 141); e Asa Norte, com 59,4% (de 170 para 271).

No total, 10.338 pessoas foram identificadas com a doença no DF, contando os 649 pacientes de fora da capital. As notificações apresentaram redução de 32,5%, passando de 17.800 para 12.198, entre os residentes no DF. Contando as pessoas de fora diagnosticadas no DF, o número caiu 34,9% (de 19.882 para 12.957.

De acordo com o boletim, 11 regiões do DF registram situação de epidemia de dengue: Brazlândia, Fercal, Gama, Lago Sul, Paranoá, Planaltina, São Sebastião, Estrutural, Sobradinho I, Sobradinho II e Varjão.

Testes
Em dezembro, o G1 mostrou que a rede pública de saúde estava sem reagentes para testes rápidos da dengue. Em alguns hospitais, os servidores disseram que o produto estava em falta “há vários meses”.

Nesta quarta (6), a Secretaria de Saúde afirmou que esse tipo de exame está disponível desde 14 de dezembro. No mesmo dia, reportagem da TV Globo mostrou que os reagentes estavam em falta havia meses na rede pública. A produção fez contato direto com os hospitais e recebeu notas da pasta no fim da tarde do dia 14, mas a o governo não informou sobre a compra.

Mesmo com o desabastecimento dos estoques de testes para dengue durante boa parte de 2015, a secretaria afirma que não perdeu o controle do número de casos e que os dados levantados correspondem à realidade. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Tiago Coelho, afirma que o exame rápido é apenas “complementar” e que existem outras opções. Segundo ele, os kits só chegaram nas últimas duas semanas.

“O protocolo do Ministério da Saúde é bem claro. O diagnóstico da dengue segue critério ‘clínico-laboratorial’, e a avaliação clínica [no consultório] é soberana. Na ausência de um teste rápido, fazemos a sorologia pelo Laboratório Central. É um exame mais caro, mais demorado, mas também é mais preciso”, diz Coelho.

O subsecretário e a pasta garantem que a ausência do kit de teste rápido de dengue não causou nenhum prejuízo aos pacientes, nem às estatísticas de saúde. O G1 questionou a pasta sobre a necessidade de fazer uma compra emergencial, mais cara e sem licitação, para um exame que não é considerado fundamental. Até a publicação desta reportagem, a secretaria não tinha informado a justificativa da compra.

Fonte: G1

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