Como todo e qualquer ser vivo, neste dia 05 de Dezembro, aos 104 anos, o arquiteto Oscar Niemayer finalizou uma vida repleta de traços e curvas sinuosas.
Como todo e qualquer, porém único. Foram mais de 50 grandes obras aclamadas por sua genialidade. Oscar, com seu traço genial, não só inovou a arquitetura, como planejou os prédios públicos de Brasília.
No período da ditadura militar, passou o autoexílio na França. Defensor dos ideais comunistas, um verdadeiro Marxista: “As ideias marxistas continuam perfeitas, os homens é que deveriam ser mais fraternos”.
Ceilândia, por sua vez, deveria estar com sua bandeira a meio mastro, decretar no mínimo dois dias de luto ao glorioso arquiteto.
Talvez, poucos saibam, mas uma das 50 obras do arquiteto encontra-se no nosso meio: a Casa do Cantador, também conhecida como Palácio da Poesia.
Uma homenagem do arquiteto aos Nordestinos, que habitam o Distrito Federal, cuja função é representar a cultura popular.
Oscar se foi. Mas os sonhos continuam. Como um sonho já sonhado de um grande projeto arquitetônico para feira de Central de Ceilândia.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.” Oscar Niemayer 1907-2012
Por: Rodrigo Mercúcio – Presidente do PSB de Ceilândia