
Da redação
Programa da Secretaria de Segurança Pública monitora vítimas e agressores em tempo real e já evitou mortes desde 2021
Nenhuma mulher atendida pelo programa de monitoramento eletrônico da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) foi vítima de feminicídio ou sofreu nova agressão desde a criação da iniciativa, em março de 2021. A estratégia, que integra o Programa de Monitoração Eletrônica de Pessoas, já acompanhou 2.927 pessoas, entre vítimas e agressores, e resultou na prisão de 93 autores de violência que violaram as zonas de exclusão definidas pela Justiça.
A tecnologia de rastreamento é aplicada a mulheres com Medidas Protetivas de Urgência (MPU), dentro do eixo “Mulher Mais Segura” do programa Segurança Integral. “O monitoramento em tempo real nos dá a chance de prevenir situações de risco e impedir a aproximação dos agressores”, afirma Carlos Eduardo Melo, subsecretário de Operações Integradas da SSP-DF.
Atualmente, o sistema funciona 24 horas por dia. Em caso de aproximação indevida, alertas são disparados e a Polícia Militar pode ser acionada imediatamente. O agressor recebe avisos por mensagem ou ligação e, se não recuar, é interceptado.
Desde 2022, mulheres atendidas pelo projeto Viva Flor também são monitoradas. Além da vigilância, as vítimas recebem suporte jurídico e psicossocial por meio do Ceam 4, que funciona no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).
A estrutura ganhou reforço com a nova sala de operações da Diretoria de Monitoração de Pessoas Protegidas (DMPP), inaugurada em agosto de 2024. “Os operadores são como verdadeiros anjos da guarda. Estão atentos para impedir qualquer tentativa de agressão”, destaca Andrea Boanova, diretora da DMPP.